Nota de editor:Devido àexistência de erros tipográficos neste texto,foram tomadas várias decisões quanto àversão final. Em caso de dúvida, a grafia foimantida de acordo com o original. No final deste livroencontrará a lista de erros corrigidos.

RitaFarinha (Mar. 2009)




MINISTÉRIO DO INTERIOR
direcçãogeralde instrucção secundária,superior e especial
1.ª REPARTIÇÃO

BASES
PARA A
UNIFICAÇÃO DA ORTOGRAFIA

QUE DEVE SER ADOPTADA NAS

ESCOLAS E PUBLICAÇÕES OFICIAIS




RELATÓRIO DA COMISSÃO

NOMEADA POR
PORTARIA DE 15 DE FEVEREIRO DE 1911
NOVAMENTE REVISTO PELO RELATOR



LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
1911





MINISTÉRIO DO INTERIOR
direcçãogeral de instrucção secundária,superior e especial
1.ª REPARTIÇÃO

BASES
PARA A
UNIFICAÇÃO DA ORTOGRAFIA

QUE DEVE SER ADOPTADA NAS

ESCOLAS E PUBLICAÇÕES OFICIAIS




RELATÓRIO DA COMISSÃO

NOMEADA POR
PORTARIA DE 15 DE FEVEREIRO DE 1911
NOVAMENTE REVISTO PELO RELATOR



PREÇO50 RÉIS




LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
1911






Imprensa Nacional de Lisboa―Gabinete da Revisão.―Ex.moSr.―Julgo do meu dever chamar a atenção de V.Ex.a para o que passo a expor.

As publicações saídas da ImprensaNacional, quer oficiais, quer de particulares, apresentam grafiasdiferentes, umas discutíveis, outras porêmgrosseiras evergonhosas. O próprio Diário doGovêrno, que deveria ter ortografia uniforme,emprega diversas, conforme o capricho de quem envia os originais,geralmente pessoas indoutas.

Tais variedades de grafias trazem para a Imprensa nãosó descrédito mas tambêmprejuízos pecuniários, porquanto acomposição de todos os diplomassaídos noDiário tem de transitar para outraspublicaçõesperiódicas, tais como Boletins,Ordens,Separatas, etc., sofrendoentão cada um dêsses diplomas mais emendas, aosabor de quem tem de lhes fazer nova revisão.

Tantas emendas, alêm de estabelecerem confusão noespirito do compositor, avolumam de uma maneira assombrosa a despesa dacomposição, e impedem a rapidez naimpressão pelo muito tempo que se perde a fazeralterações.

Com esta anarquia ortográfica os compositores hesitam ecometem novos erros, e aos revisores se torna tambêmimpossível fixar, para cada obra, as divergênciasde tanta grafia.

Urge, portanto, acabar com êste estado de cousas.Fácil me parece o remédio. Se cada qual se temjulgadoaté aqui com direito a impor a sua maneira de escrever,porque razão o Govêrno da Repúblicanão ha de impor tambêm a sua, e no queé seu?

Sujeite, pois, o Govêrno a uma única ortografiatodas as publicações oficiais ou porêlesubsidiadas.

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